Bem vindos ao Blog Psicologia aos 50. Uma homenagem aos 50 anos da Psicologia no Brasil, à minha amada mãe e, porque não, à realização dos nossos sonhos!

Queimando sutiãs

“O episódio conhecido com Bra-Burning, ou em português ‘a queima dos sutiãs’ foi um protesto com cerca de 400 ativistas do WLM (Women’s Liberation Movement) na realização do concurso de Miss America em 7 de setembro de 1968, em Atlantic City, EUA.” (Em  http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Queima_de_suti%C3%A3s&oldid=26644492. Acesso em 30/07/2012).  
Curiosidade: estes sutiãs, realmente, nunca foram queimados, sabiam? (Em http://anos60.wordpress.com/2008/04/07/a-queima-dos-sutias-a-fogueira-que-nao-aconteceu/. Acesso em 30/7/2012).
Só que esta cena (da queima de sutiãs) foi reproduzida muitas vezes, em diversas partes do mundo na próxima década, simbolizando a luta feminista.
A professora de Psicologia Social I citou a queima de sutiãs para exemplificar a influência histórico-cultural nos comportamentos humanos, já que este é considerado um momento histórico da luta da mulher por uma condição de igualdade de direitos com relação aos homens...
- Libertarem-se dos grilhões - disse o colega.
E eu disse:
- Mas nós ainda usamos sutiã! - a turma riu.
- E ainda botaram um “ferrinho” nele, pra piorar - observou uma colega.
E eu completei:

- O que eu quero dizer é que nós ainda não estamos totalmente livres destes grilhões, ainda não somos consideradas em pé de igualdade aos homens em muitos aspectos... - e aí abriu-se uma discussão acalorada sobre os direitos e deveres das mulheres e suas implicações sociais, sexuais e profissionais...
Eu poderia falar aqui sobre os extremismos do feminismo, que tentou durante algum tempo masculinizar a mulher. Sobre a luta pelos direitos políticos ou a obtenção de direitos e salários dignos no ambiente de trabalho... 
O que não faltam são vieses para se discutir o assunto.
Mas prefiro falar sobre a nossa responsabilidade nisso tudo.
Somos nós que (em nossa cultura) criamos os nossos filhos. Somos nós que incutimos na cabeça de nossas filhas que elas são as responsáveis pelo trabalho de casa e que, quando casarem, seus companheiros vão “ajudar” nesses afazeres... Mesmo que elas trabalhem o mesmo número de horas que eles nas empresas e ganhem menos...
Nós, mulheres, chamamos de vagabunda as moças que têm diversos parceiros sexuais e os rapazes de garanhões.
Quem de nós nunca criticou a forma física de uma mulher de sucesso (está gorda, feia, mal arrumada) e aceitou com complacência uma figura masculina, na mesma situação, como normal e às vezes até charmosa?
Não podemos esperar por uma igualdade social tão cedo. Mas podemos sim, fazer a nossa parte, sem abrir mão de nossa feminilidade, usando sutiã (com ou sem “ferrinho”), ou não. Podemos ensinar aos nossos filhos, netos e porque não maridos, que mulheres e homens merecem ser respeitados igualmente, mesmo sendo tão diferentes.
Conforme aprendemos na aula de Ética na Saúde, isso se chama Equidade de Gênero.

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